Á COISAS QUE NÃO SE EXPLICAM
Andamos sempre a perguntar o que é gostar de verdade, a tentar perceber o que é isso de amar? ou, tantas vezes, a testar diariamente se aquela é a pessoa certa para nos entregarmos. primeiro, quando somos mais novos temos a ilusão da busca da pessoa perfeita: aquela que se encaixa nos padrões que fomos construindo. já adultos, percebemos que essa coisa não existe, que perfeito mesmo é alguém que se encaixa em nós de uma forma inesperada. mas, em que de repente, tudo bate certo: a forma como ri, o toque da pele, o cuidado nos dias, e o beijo - sempre no momento e intensidade certa. depois vamos querendo mais, alguém que nos faça maior, que nos desperte sensores desligados, que nos mostre mais do mundo, que nos faça querer ser mais completos. não pelo outro, mas por nós. é desafiante ter ao lado, não quem nos dá tudo na vida social, mas alguém que nos motiva a ser mais na vida. mas, a estes ingredientes todos - racionais, sensoriais, de vivência, de prazer -, tem sempre de se somar a coisa que liga tudo isto: a paixão. porque há pessoas perfeitas, que nos despertam todos os sensores, mas em que simplesmente não acontece o clic: aquele milagre de querer o outro de uma forma louca, sem sequer perceber bem o porquê - e é delicioso não conseguir saber explicar o porquê. porque preciso do abraço? mais que o corpo, é sentir-te junto, colada, metade de mim.. não sei explicar melhor. porque preciso do teu riso? porque só ele me sossega, só com ele respiro.. não sei explicar. paixão é isso, essa coisa de não saber explicar de forma racional e inteligente. suspeita-se da causa, dos motivos, da origem, mas não há ciência que descubra a fórmula. e se calhar, a magia da coisa vem daí mesmo. porque, no dia em que alguém me souber explicar com todas as variáveis porque gosta tanto de mim, aí sim, vou ficar preocupado..
sempre acreditei que a paixão era uma coisa transitória, um bocejo de descoberta, um raio de luz que aquece, mas que dura apenas um dia. para mim, o amor não existia vinha quase de forma consolidada de paixão, aquela coisa que nos mantinha juntos na vida. mas não. sinto hoje, que o amor é a nossa base, é a estrada, é o caminho de alcatrão, forte, duro, que aguenta a noite escura, as discussões, os afastamentos. sim, o amor dá-nos esse caminho, mas é a paixão que dá a gasolina, a energia, a força. as noites passam, mas tem de vir o sol, esse calor que não se toca, para aquecer a sério. o amor prepara-nos, segura-nos. mas é a paixão que nos desperta, que nos faz avançar. por isso é preciso manter este estado permanente de querer a toda a hora, de suspirar pela mensagem minutos depois de desligar, de precisar do abraço todos os dias, até desta coisa física de amar o corpo, esteja junto ou longe. ou, de apenas conseguir dizer adeus sossegado, depois de soltar uma gargalhada. paixão pode não ser andar sempre nas nuvens, feliz, aos pulos, de peito cheio. porque não dá sempre - mas é sempre ter a certeza de querer esse estado. de correr para lá, de ansiar por chegar lá. é viver, todos os segundos, com aquele estado de impaciência de chegar junto ao outro. isso sim, é estar apaixonado. explica-se? não.. ainda bem, porque o verdadeiro sentimento não tem explicação .....
SONHEI QUE TE BEIJAVA
Esta noite depois de colocar os fones nos ouvidos e de por a musica estupidamente alta pois adoro ouvir a musica assim dessa forma, entrei no meu livro de memórias a tentar recordar de ao longo destes 10 anos qual teria sido a boca mais suave, o toque dos labios mais delicioso, o beijo mais perfeito que eu teria conseguido e cheguei á conclusão que realmente foi o teu. O encaixe das nossas bocas era perfeito, suave , quente, louco mesmo e dei por mim a ter uma conversa contigo( que raio de sonho) durante a noite sobre o nosso beijo .Não gostava de te beijar.. apenas.não, tinha que ser mais que isso, tinha que ter um sentido. um beijo tem que ter uma finalidade, ser parte de algo maior. por isso quando te beijava, não te beijava apenas - sabes isso, não sabes?no meio da rua, em cima da mesa do restaurante, ou naquela esplanada, quando te beijava não é apenas para sentir os teus lábios. não, é também para te dizer como sabia bem estar ali contigo, num momento tão desprendido, mas tão serenamente bom. adorava os beijos que te dava quando ficava ali, apenas, a ver-te chegar do outro lado da rua. por isso, nessas alturas o beijo era leve, quase que te apanhava desprevenida, tocava-te os lábios, lentamente, mas fugia logo de seguida. e ficava do outro lado da mesa com aquele sorriso de puto que te roubou um beijo, com aquele olhar tonto que dizia: é tão estupidamente simples ser feliz ao teu lado..já em casa, quando te beijava no sofá a meio da série, ou daquela musica, ou quando nos cruzava-mos no corredor, ou apenas ali pela cozinha, o beijo era de intimidade. aquela intimidade de quem partilhava os pequenos momentos de um dia caseiro como se fosse um sonho. o beijo continuava leve, solto, quase seda a tocar-te nos lábios, mas já demorava mais. já tinha um braço que o acompanha e te prendia a cintura, já tinha uma mão que te pegava no pescoço e segurava o rosto e depois do beijo continuava-mos apenas. continuava-mos a ver a série, mas com aquele sabor na boca: o sabor do outro.e há também aquele beijo a que chamavas de cirramento, porque já sabes que não era apenas um beijo. não - era um ritual de ataque, de despertar do desejo. aquele beijo que te desafiava, que chegava perto da tua boca o suficiente para sentires o ar que eu respiro, devagar, mas sem chegares a sentir os meus lábios. tu atacavas e eu fugia. eu beijava-te e tu sacodias-te para trás. e ficava-mos ali a brincar ao desejo, a massajar-te o pescoço, a prender-te o pulso, a cruzar as minhas pernas contra as tuas. aquela dança de beijos, que se trocam, que aceleram a respiração, que aquecem a pulsação.e depois, havia o nosso beijo.. aquele quando chegamos ao mais puro dos momentos, em que o beijo era tão descontrolado como nós. às vezes mordias, outras vezes apenas querias silenciar os teus gritos. às vezes brincavas com o calor da tua boca, outras vezes não chegavas sequer a beijar - ficava-mos ali, bocas a 2 cm de distância, quietos, num grau de inclinação curva perfeita, quase parados, olhos nos olhos, enquanto todo o resto do quarto se mexia. até que o furacão passava, o corpo acalmava e a alma explodia e aí, finalmente, beijava-te. num beijo tão demorado como o que a querer-te dizer: que ali, naquele momento, eras a minha casa. eras a minha paz. eras a parte de mim que sempre senti falta, sem perceber sequer o que me faltava. por isso, quando te beijava, não te beijava apenas - sabes isso, não sabes?
A CAPACIDADE DE ESTAR SÓ
A idade traz-nos certas coisas que nos fazem saber viver melhor. uma delas é a capacidade de estar sozinho. que é diferente de ser solitário - de estar só. estar sozinho é, num determinado momento - horas, dias, meses , anos - viver, fazer, estar sem companhia. mas saber que existem várias pessoas, amigos, amores, que nos acompanham onde quer que estejamos. que estão sempre connosco. ser solitário, é alguém que vive sempre longe dos outros. fisicamente e sentimentalmente.a maioria das pessoas não é nenhum dos dois. pelo contrário. porque vivemos em sociedade, e cada vez mais em comunidade, as novas famílias são os amigos, sendo que há sempre alguém comunicável, presente, à distância de um clic, que nos garante a companhia e a conversa. mas também por essa facilidade, às vezes cai-se no oposto de nunca estarmos sozinhos. sempre on-line.conseguir estar bem, sozinho, dá-nos a serenidade de saber que somos auto-suficientes, e capazes de aproveitar as coisas boas da vida só por nós. uma música, uma paisagem, um livro, um pôr-do-sol. ou apenas um dia sozinho, sem conversa, sem troca de opiniões, de olhares sequer. cura de silêncio. estar sozinho, ajuda a pôr os sentidos em ordem, alinha o pensamento, o que somos. por isso,às vezes precisamos de estar off. e isso não nos afasta de quem gostamos. pelo contrário. aproxima.pela saudade que se sente, pela vontade de na próxima vez estarmos juntos. já naquele momento.gosto de pessoas que são capazes de estar bem sozinhas. porque essas eu sei que quando estão comigo, é porque eu lhes acrescento algo mais na vida. estão por opção, e não por necessidade/hábito de companhia permanente.difícil é quando somos obrigados a ficar sozinhos, afastados de alguém num momento em que não desejávamos. naquelas alturas que estamos sozinhos não por opção, mas por contingências da vida,mas é precisamente aqui que quem gere bem "estar sozinho" convive melhor. porque estar afastado não significa estar desligado. porque não estar presente, não significa estar ausente.quando se é parte de alguém, sabe-se que mesmo longe, quem gosta, quem se quer, quem ama, está sempre presente. porque estar sozinho é diferente de estar só..
PLANOS TRAÇADOS
Traçamos planos, fazemos projectos de vida. Pensamos estar seguros, porque sabemos por onde vamos e o caminho que seguimos.Depois na segurança dos plano, dos sonhos e no caminho que trilhamos, acontece um buraco que nos desvia. E aí ficamos à deriva, sem rota, sem chão.É difícil entender. Fazemos-nos perguntas, mas muitas vezes não encontramos respostas.Vem a dor, a revolta, a negação... e não compreendemos porquê nós...Só o tempo nos pode ajudar a encontrar um novo caminho. Um novo plano.Não é fácil, dói, mas com força, confiança e muita persistência lá continuamos.Durante algum tempo andei à deriva, ao sabor da vida... Achei que era só uma fase má e que passava logo.Foi me difícil entender que os planos tinham de mudar, que as prioridades eram outras e que tinha de adiar parte dos planos anteriores. Que agora as coisas eram diferentes.Durante algum tempo quando falava do percalço que a vida me trouxe dizia sempre "tive doente". Foi difícil entender que agora tenho uma Doença Crónica que me vai acompanhar sempre.Foi difícil entender que já não era o que fui, que o meu corpo por vezes não fazia o que eu quero e que não tinha a força física de antes.Já me pus em causa, já tive pena de mim, já chorei de raiva, já quis acordar deste pesadelo... Já perguntei "Porquê eu?".Durante algum tempo deixei de viver, andei por ai sem rumo, ao sabor do dia a dia...Mas depois pensei : não posso continuar assim, por isso traço planos, tento encontrar um caminho e seguir...São os percalços que nos marcam, nos moldam e nos fazem crescer. Não é fácil, cair é de repente, mas levantar é um acto de coragem, porque nem sempre é fácil, temos medo de voltar a cair. E Por vezes esse medo faz com que fiquemos onde estamos, sem reacção, sem força para continuar...Hoje sei que por mais fácil que seja ficar onde estou. Tenho de ser forte e lutar para concretizar os planos que traço para a minha vida. Continuar o caminho só depende de mim. Por isso vou ser forte e vou em frente.
SABADO DIA DE RECORDAÇÕES
Este fim de semana dias fui confrontado com uma situação, sobre a qual não me tinha debruçado ao pormenor, mas que confesso não ter tido a sensação de que poderia mesmo acontecer ou seja voltar a um sitio passado 10 anos onde fui imensamente feliz . Seja depois do que for que nos aconteça, a vida deve continuar e devemos encontrar forças para seguir em frente. Isso pode implicar ter de voltar aos sítios que nos deixaram com lembranças coladas, Voltar a um lugar onde já fomos muito felizes leva a que por muito que não queiramos a relembrar todos ou quases todos os momentos ali vividos ao promenor . Leva a que nos apeteça construir uma nova história mas que deixará de fazer sentido precisamente porque já nada poderia ser como dantes. Ou, mesmo que se volte ao lugar e se tente escrever uma nova história, ela estará sempre toldada pela anterior e pela expectativa e exigência da excelência. Humildemente me resigno a essa evidência: “Não voltes a um lugar onde foste feliz”. Não me refiro a situações que deixaram marcas bem vincadas no nosso espirito no nosso coração, mas que passam com o tempo. Refiro-me a existências que nos tocaram bem fundo e que nos modificaram a tal ponto de terem permitido construir aquilo que hoje somos. O que fazemos a um lugar de onde temos “boas recordações”, partindo do princípio que não foram inventadas? Voltamos e voltamos. O que fazemos com pessoas de quem se tem “boas recordações”? não as devemos desiludir por mais que tudo isso nos custe. O tempo não trata a felicidade como as dores. O esquecimento das felicidades não faz parte dos catálogos e antes pelo contrário. A cabeça das pessoas encarrega-se de as multiplicar, às felicidades passadas, quando não as inventam utilizando um mecanismo mental de sobrevivência que são as “boas recordações”. As melhores das “boas recordações” são muitas vezes ficcionadas pela nossa cabeça fixada no instinto de sobrevivência. A gente sempre volta aos velhos lugares onde amou a vida, inclusive volta a esses lugares na imaginação. Ao engolir as lágrimas frente a qualquer lembrança inesperada. A gente sempre volta quando quer se apaixonar de novo, para voltar a sentir o que se sente ou para demonstrar que este sonho poderia ser realizado ,devemos voltar aos lugares onde muito se amou para ser corajoso e sarar feridas do passado mesmo sabendo que podem voltar a sangrar outras que já dávamos por cicatrizadas. Volta-se sempre a esses lugares porque um momento de plenitude ali vale milhares de acontecimentos em qualquer lugar, e porque os dias tem sentido, e portanto são de uma felicidade refreada.A gente volta a ser corajoso porque é consciente de que um dia teve que deixar de viver a vida nesse lugar que amava, mas não está disposto a ir embora dele sem voltar para agradecê-lo, senti-lo… e termino este texto com o agradecimento a toda aquela familia que me receber de braços abertos mostrando-me tudo aquilo que eu já sentia deles ou seja tenho o meu cantinho dentro de todos aqueles corações . obrigado por esse carinho todo...
VOLTOU O DESEQUILIBRIO
Eu era cético quanto ao amor. Não acreditava que seria possível amar uma pessoa a ponto de desejar estar apenas com ela, em todos os sentidos possíveis, tanto em espirito como fisicamente. Descobri da pior forma possível que eu estava completamente equivocado: amei. Amei muito. Amei tanto que doeu. Estou escrevendo no passado, mas arrisco dizer que talvez eu ainda ame.Foi algo muito intenso e eu não estava preparado para nada do que viria a seguir. Não sei como, não sei quando e não sei o porque me apaixonei . Sabem aquela frase do filme “Um Amor Para Recordar”, a qual diz que “o amor é como o vento, não posso ver, mas posso sentir”? Então, acho que ela é bem útil para descrever o modo como me senti.Quando me dei conta de que era real, de que eu realmente estava apaixonado, já era tarde demais. Todas as forças que eu tentava arrancar de mim para neutralizar o amor que sentia foram em vão. Eu estava completamente dominado ao me apaixonar. Antes estar viciado em alguma droga ilícita do que estar viciado dessa forma, que acabou se tornando minha droga..Depois de muito esforço para conseguir viver sem essa droga, na luta para resistir, depois de anos de sobriedade... Eu tive uma recaída. E foi preciso apenas uma recaída para que todo o processo de cura se tenha tornado inútil. Eu achava que já tinha domínio total sobre meu corpo e mente e que poderia muito bem aceitar o convite de aniversário daquele anjinho lindo que nada mas nada iria mexer com o meu intimo, pura mentira , mexeu e de que maneira , bastou meter o p'e da parte de dentro daquele portão para que todas as recordaçoes boas e más viessem á tona , manter um sorriso nos lábios em conversa com a dona da casa ( sem nomes ) enquanto ela me mostrava todos os cantos da casa , coisa que eu desconhecia passando depois para partes que eu já tinha conhecido , e quando ela resolve me levar á parte de cima da casa eu olhei para aquelas escadas e subi bem devagar como se tivesse algo a dizer-me para não o fazer e porquê ? porque foi mesmo ao cimo daquelas escadas que eu estive mais o meu grande amigo á noite a comer camarão e a beber champanhe a titulo de despedida dele( pois isso aconteceu na noite que fui atacado para tentativa de assalto e que por sorte ou nao, já nem sei , alguem escapou da morte pois eu estava decidido acabar com a vida de quem me foi ali fazer mal). Esquecendo este aparte , então passamos para uma das partes que mais emoções me transbordaram que foi a de entrar no espaço que um dia estava confinado a ser o nosso lar, e olhar para aquilo , ver tudo aquilo da mesma forma que tinha ficado á anos atrás , fez-me recordar cada traço passado no chão para divisão dos espaços , onde ficaria cada quarto e de quem seria , como ficaria a entrada com sala e copa e aí baixei o olhar para não mostrar a tristeza sentida quando olhei para o ultimo espaço da casa que do lado esquerdo de quem entra pois foi aí que eu visualizei a pessoa sentada a uma mesa grande que lá estava e a fazer colares e pulseiras de missangas , essas recordações sempre pensei que já não viriam á tona mas vieram e ainda assim não foram as mais relevantes, porque as mais relevantes foram aquelas que me fizeram engolir em seco várias vezes que foi quando vim á parte de trás da casa e que agora é um pátio revivi aquele espaço conforme o conheci ou seja a antiga lareira , o sitio da antiga cozinha, o acesso ao quarto de cima tudo tudo , e sim foi aí que tudo ficou embargado mesmo, foi imensamente dificil encobrir as emoções de tristeza , dificil mesmo e por mais incrivel que pareça até o lugar á mesa onde me sentei foi imaginem, o lugar onde me sentava sempre naquela altura . Foi fantástico estar com aquelas pessoas que eu muito gosto,pessoas que eu por mais ou menos tempo que dure irei considerar sempre como familia, mas dei por mim a pensar que precisava muito de sair dali pois a recaída estava a ser muito grande e eu senti que por muito que gostasse de lá estar , precisava mesmo de sair, então liguei para a minha amiga susana que estava á minha espera para tomarmos café no chiapa na mealhada para nos encontrarmos lá mais cedo pois ela só estava á espera que eu aparecesse por volta das 11h mas eu já não tinha condiçoes para lá continuar e lá nos encontramos e então foi que apareceu o convite de malta amiga para irmos tomar café ao porto e passarmos lá uma noite porreira, muito embora eu estivesse que estar no dia seguinte ( domingo ) em anadia para ajudar a minha amiga sara que trabalha na riviera a fazer a mudança de casa, eu não me importei nada com a noite , precisava de desanuviar e muito mesmo e então lá fomos, era meia noite quando lá chegamos e passamos momentos muitos fixes porque embora eu estivesse abstrato no fundo ajudou-me imenso a curar a ressaca daqueles momentos anteriores. cheguei á mealhada eram quase 7 horas da manha e então lá fui eu para anadia ajudar na mudança mas já completamente diferente do que tinha saído de lá na noite anterior. cheguei a casa por volta das 4 horas da tarde e como precisava de descansar o que é que eu fiz? tudo como sempre ou seja desliguei os telemoveis pus os fones nos ouvidos e foi até adormecer , sim foi um fim de semana carregado de tudo mesmo .....
NÃO DEIXEM DE AMAR DE NOVO
A vida ao longo destes 10 anos ensinou-me imensas coisas em relação a sentimentos .Eu já senti aquele frio na barriga e calafrios pelo corpo. Já chorei de saudades e senti o coração quase sair pela boca ao reencontrar a pessoa amada. Eu já passei dias inteiros pensando em um só alguém, sem preocupações, e a todo instante. Já fiquei desde à manhã esperando ver aquela pessoa passar só para a ver , pura ansiedade. Já dormi sorrindo de felicidades e acordei cheio de emoções por saber que em algum lugar havia alguém que tinha acordado mais cedo só para me desejar um bom dia especial. Ah! Eu já amei, e foi uma experiência magnífica, mas acabou. Ensinaram-me acreditar no amor, só que aprendi ao longo dos anos que alguns amores não duram “para sempre”, e que “alguns infinitos são maiores que outros”. Sendo assim, por mais que aquele amor tenha chegado ao fim, outros mais belos e intensos chegaram. E eu espero que o que vier da proxima vez, seja aquele que eu possa chamar de “amor da minha vida”.Eu não desisti de amar não. É claro que doí perder quem a gente sonhou viver grandes planos juntos, mas isso não pode, jamais, roubar a vontade de amar de novo. Hoje em dia tudo se esvaí com tantas correrias, e olhem, se já é difícil amar, imagina amar alguém que nos ama de volta também. Já pensaram? Alguém que está ali ao nosso lado e admira tudo em nós o que ninguém mais vê. Mesmo sendo imperfeitos e que faz a escolha de ficar connosco todos os dias? Um alguém que sabe decifrar todos os tipos de sorrisos que possuímos? Que ri de nossas piores piadas? Que sabe ser amiga em todas situações? Um alguém que sabe dar boas razões para que gostemos dela e que sabe olhar bem dentro da nossa alma? Sim, é difícil porque nos tornamos insubstituíveis um para outro?É raro, mas não é impossível. Ainda há por aí alguém querendo encontrar quem possa se doar sem receios, e coragem o bastante para permanecer apesar de algumas confusões – pois, atualmente, ao menor sinal de desgosto, as pessoas viram as costas e se vão sem se importar com quem fica. Em algum canto deste mundo, eu sei que há quem sabe ouvir e deixar o orgulho para trás, dando voz ao coração. Eu não desisti de amar, e eu tenho sorte por ainda acreditar. Por fim, não dá para deixar o amor de lado só porque alguém não soube amar em algum momento. Por isso, estejam dispostos a encontrar alguém para se jogarem nos vossos braços sem idealizações desnecessárias, que lhe permitam falar de afeto, carinho e todas aquelas coisas que chamamos de lamechas. Se permitam outra vez e não desistam de amar. O amor sorri para quem sabe se entregar de novo ......... PENSEM NISTO
VOLTANDO AOS PENSAMENTOS DE SABADO
Tudo me passou pela mente enquanto observava cada canto cada esquina daquela casa , todas as imagens daquela época me assaltaram a mente revivendo tudo novamente. Eram os nossos planos. Eram os nossos sonhos. Eram as nossas pespectivas de futuro viver ali .Era minha empolgação pela construção do nosso lar, e o teu ombro amigo quando nada havia ido tão bem. Era, e de repente não foi mais. E um, nada belo dia, tudo deixou de ser esse tal de “nós”. E eu não escrevo porquê sinta a sua falta, escrevo, pois, á minha mente veio aquele pensamento de que, alguns amores duram para sempre, outros não. Era para ter dado certo, mas talvez a lógica da qual eu tinha sobre certo, estava totalmente equivocado, e por isso deixou de ser, assim, tão naturalmente, como se nada tivesse acontecido entre nós antes – isso ficou bem claro quando ela se virou sem dizer adeus. E tudo que encaixava eu e ela, e tudo que era incrivelmente apaixonante para quem nos via, passou a ser ao lado de outra pessoa. Eu não guardei rancor, mesmo não sabendo se está feliz sem mim, mas confesso, dá umas pontadinhas no peito ver que tudo que era nosso, passou a ser de outro alguém, como se os planos tivessem sido criados para este outro viver – e realmente está vivendo. Por tudo isso eu pensei, e concluí: não dá para planejar nada para o amanhã, que o bom mesmo é quando tudo acontece quando deve acontecer, que felicidade mesmo é ver o inesperado surpreender sem imaginarmos nada. É incogitável sofrermos, mas o amor é lindo demais para deixarmos que as pessoas o tornem obscuro. A luz que um dia iluminou a mim e a ela , hoje ilumina ela e alguem, e desejo que ilumine por muitos anos. Ao contrário do que muitos pensam sobre o passado, o “eu e tu” pode até não ter durado como queríamos, mas durou o suficiente para me fazer entender que as melhores coisas acontecem quando não esperamos mesmo, e que a dor é inevitável, e que nunca, em hipótese alguma, podemos deixar de querer amar outra vez. Porém, quando chega o fim de um dia cansativo e setressante, olho para o lado e eu não sei ao certo o que vejo se aquilo é liberdade ou solidão, então me dou conta que, por mais forte que eu tento ser nessas alturas, no fundo eu só sou uma pessoa como qualquer outra, querendo amar outra vez, e assim, ser amado de volta também. Não sei o que aconteceu com o meu coração sonhador e apaixonante, ninguém mais conseguiu prende-lo, talvez porque ninguém conseguiu ser tão engraçada e interessante como alguem era. E isso não tem nada haver com a pessoa do passado, essa era simplesmente o tipo de gente pela qual valia apena olhar interessar e apaixonar naquele tempo, e isso hoje em dia já não se encontra mais. O nosso fim não é de dar orgulho a ninguém, mas lembrar que tudo de bom que vivemos estará guardado em minha memória, porque as pessoas vêm e vão, mas as lembranças permanecem para sempre em nossa mente.
EU ATÉ GOSTO
Eu até gosto desta liberdade e tempo que possuo. Gosto de ler sozinho, de caminhar com meus pensamentos livres. Eu gosto de tomar vários cafés durante o dia sozinho. Eu gosto de viajar e ficar admirando a beleza da natureza e de quão incrível a vida é, sozinho. Eu até gosto de chegar do trabalho a casa ao inicio da noite e me jogar no sofá sem muito de que me preocupar. Gosto de ouvir minhas músicas e comer minhas comidas preferidas, sozinho. “Solidão não é pra qualquer um, é pra quem tem vocação”, e com certeza, é bem diferente de se sentir sozinho – o que me acontece de vez enquando mas muito raramente. Por mais que eu goste desta solidão que me deixa leve, relevando toda e qualquer ameaça para meu coração, eu desejo um dia ter uma companhia sim, aquela que possa chamar de amor e dividir tudo que me faz bem, assim como o peso dos dias difíceis também. É, eu até gosto de estar nesta solidão, mas nada melhor do que poder dividir a leitura de um livro com alguém, de caminhar de mãos dadas pelas ruas da cidade. Nada melhor de fazer aquele bom café e dividir com uma pessoa especial, de dar várias gargalhadas das coisas inusitadas que encontramos durante uma viagem. Nada melhor que compartilhar a música favorita que nos faz sentir apaixonados, de levar a pessoa para o lugar mais aconchegante da cidade pra experimentar sua comida predileta. Eu até gosto de estar sozinho depois do dia cansativo, mas nada melhor do que ouvir um boa noite manhoso com voz de sono pelo telefone antes de dormir. Eu até gosto desta defesa que há em mim, mas sinto saudade de ser a saudade de alguém. Eu até gosto sim de tudo isto, mas sei que posso esperar para vir a gostar ainda mais de alguém especial, que mesmo estando longe de ser perfeita, vai ser um ótima companheira nessa vida. É, prefiro estar só e esperar pelo amor, pois sei que quando ele vier, ficará para tomar vários cafés comigo. No fim, é isso que todos nós queremos, um amor que dure – como o famoso clichê diz: para sempre.
ESCRITO Á 5 ANOS
Eu sei que sim, que um dia ainda seremos muitos felizes.Um dia largo tudo o que tenho e vou ter contigo.Vou sentir o teu abraço e o aconchego que só tu me sabes dar. Vou correr para ti e chegar-me a ti, apertar-me contra ti e nunca mais te largar.Quero sentir a tua mão a afagar-me o cabelo, quero sentir os teus lábios nos meus e ouvir-te dizer que me queres para sempre e que jamais nos vamos separar.Sinto a tua falta todos os dias e todos os dias conto mais um e menos outro para estarmos juntos, para chegares ao pé de mim e dizeres que sou só teu e que nunca nos vamos largar.Sabes que gosto de ti, sabes? Sabes o que me custa esta distância, este frio entre nós? Horrores, custa-me horrores nunca saber onde estás e como estás. Custa-me não saber mais de ti, mais sobre ti, sobre os teus medos e inseguranças, para que eu possa acarinhar-te e proteger-te. Para que eu possa mimar-te e afagar-te o cabelo como tu gostas, enquanto ficas aninhada em mim.Um dia fujo daqui, apanho o comboio, o barco e o avião, helicóptero e nave espacial e vou ter contigo, vou ver esses olhos sinceros a olharem nos meus e a dizerem-me o que o coração não consegue expressar pela boca. Vou dar-te um beijo enorme e agarrar-te contra mim como se não houvesse amanhã e hoje fosse o nosso último dia.Mas bastou abrir a loja aí em anadia para que de novo voltasse acontecer o mesmo, apaixonei-me. Por ti.Bastou (re)ver esse olhar, para que tudo voltasse a fazer sentido.Foi no minuto em que me olhaste de novo nos olhos, que percebi que és a minha alma gémea.E ainda dizem “Não há almas gémeas.” Como eles estão enganados…E aquilo que senti quando me olhaste foi o quê? E aquilo que vi quando me olhaste nos olhos e me disseste com esse olhar que te faço falta, que sentes a minha ausência e detestas senti-la, foi o quê? E tudo aquilo que eu vivi contigo a meu lado? Os nossos amuos, as nossas desavenças, os nossos atritos? Foram o quê?Nada? Não significaram nada?Pois para mim significaram muito. Foram a cola que une o que sinto por ti. O que sempre senti desde o primeiro momento em que os teus lábios tocaram nos meus.Ali, a paixão surgiu vinda do nada. Ali, soube que eras a minha alma gémea e que, apesar de ter sido difícil e quase impossível, foi e é verdadeiro. O que sentíamos e sentimos é real.Mesmo com a distância, a chama não se apagou e bastou um segundo para me apaixonar por ti, de novo, again and again.Pronto, apaixonei-me. Por ti.
Lá chegará o dia em que seremos felizes, um com o outro, apenas nós.