UM DIA EU VOU ENCONTRAR
São em noites como a daquele jantar em que as dúvidas me encobrem por completo; são essas as noites em que as perguntas ressurgem, me fazendo engasgar – voltam, as dúvidas e as perguntas. Muito mais como uma dor antiga do que como uma injeção de adrenalina momentânea, elas me fazem lembrar de tudo o que eu não queria relembrar.Eu não sei se algum dia vou amar de novo; eu não sei nem ao certo se sou capaz de amar novamente. O amor me parece uma ideia muito distante agora – tão distante como tu estás, desde que me permiti viver um tempo sozinho.Descobri em mim mesmo coisas o suficiente para duvidar de um sentimento tão forte; aparentemente, ser sozinho é uma opção também. Uma opção menos aceite e menos cogitada, mas tão boa quanto. Aprender a me amar talvez tenha sido a melhor coisa que me aconteceu – e o primeiro passo para eu descobrir que esperar por ti era ridiculamente decepcionante.Eu amei-te imenso pra caralho mesmo. Gostei de ti muito mais do que gostei de mim mesmo – e esse foi exatamente o problema. Porque gostar de alguém inclui amarmo-nos antes; esquecer de mim mesmo prova o quão errado esse relacionamento estáva se tornando. Demorei para entender que o amor de verdade só acontece quando peitos estão transbordando, e não vazios. Demorei para entender que o teu silêncio, durante todo esse tempo, significava mais do que as tuas poucas palavras. Demorei para entender que estava na hora de pegar e largar para longe bem rápido. Com tudo isto no pensamento vou a conduzir em direção ao porto olho para o ceu e procuro as estrelas; a noite só começou. A minha vida parece que também resolveu começar agora. Pela primeira vez, depois de muito tempo, o coração que pulsa dentro de mim bate pela minha sobrevivência plena, e não por disfunções hormonais geradas por um rostinho bonito mas sim por relembrar um passado que muito me fez doer. Pela primeira vez, eu não tenho em quem pensar, tenho com quem conversar, quem chama para sair, ir ao cinema, tomar um café, mas não tenho alguém pra chamar de meu AMOR nem ao menos pretendo chamar alguém de meu amor, nunca mais.Amar de alguém inclui saber que aquela pessoa tem uma vida, cheia de planos e nuances como a nossa.Amar alguém inclui saber que ela é uma alma livre; e esse é o charme do sentimento – querer gastar um tempo da sua liberdade com um outro espírito .O ar do porto que entra em meus pulmões pela janela está frio; na rua, os nove graus desta primavera se misturam com as luzes alaranjadas dos postes.. Vidas acontecem a todos os instantes. Vidas se riscam e rabiscam das listas do mundo a cada segundo. Quantas chances de me desenhar por essas esquinas eu perdi, por acreditar que esse sentimento doentio era verdadeiro? Quantas chances eu perdi, por acreditar em nós dois?O amor acontece – e ele é lindo, pleno e misericordioso. O amor cura, acalma e reanima. Mas o amor tem uma chance mínima – quase pífia – de acontecer para os dois lados ao mesmo tempo. O amor não é justo, mas é sincero – se não aparece, não tem como ficar ao lado de alguem; não dá pra cultivar uma semente que nunca foi plantada. E, basicamente, entre nós dois, não foi isso o que aconteceu.Amei-te da mesma forma que essa noite se desenrolou; sem pressa, com vontade de ficar, nos pedindo mais paciência e mais cobertores. Amei-te como a noite – apostei no escuro todas as minhas fichas. E eu sei, agora, que foi impossível para ti sentires algo de volta ,ninguem obriga sentimentos , eles simplesmente acontecerem. Nós não obrigamos nosso coração a amar alguém.O vento frio me corta adentrando meus pensamentos; faz algum tempo, desde que nos vimos pela última vez. Já faz algum tempo desde que eu senti adrenalina por alguém. Não me importo. Meu melhor encontro foi me ver no espelho e, pela primeira vez, me reconhecer. Meu pior encontro foi desencontrar-te; deixar-te ir embora sem ter lutado um pouco mais por ti e por todas as situações imaginárias e hipotéticas as quais eu alimentava de três em três horas, diariamente, que falavam sobre nós dois.Escrevo sobre nós, como sempre escrevo. Sempre acreditei que tu eras a minha única inspiração; mas percebo, agora, que tu nunca passaste de uma desculpa. Minha única fonte de motivação para correr maratonas com as palavras tem sido o amor; em sua forma pura e bruta. O amor por mim mesmo, o amor que sentia por ti . O amor pelo amor.Eu amo amar. Amo, como ama o amor; apenas sinto e deixo sentir. Apenas me inundo de sentimento; o amor costuma amar mais quem escreve porque nós aumentamos seu ego.Eu não sei se vou amar alguém de novo; e confesso que não sei se quero. Eu não sei se vou amar alguém de novo, mas o amor que mora em mim nunca vai acabar. Eu não sei se vou amar alguém, ou se já amei algum dia; mas brincar de caça ao tesouro também faz do amor uma das drogas mais viciantes do mundo. Nós sempre queremos mais. Nós sempre queremos descobrir mais. Nós sempre queremos nos embebedar mais um pouco de amor.E, agora, ao encarar a lua que clareia minha mente de ti, eu descubro em mim mesmo o maior presente do Universo.Porque eu amo.Descobri que me amar é lindo, essencial e extremamente necessário.Descobri que amar o amor é básico, irracional e puramente maravilhoso.Descobri que o amor acontece. E isso já me basta. Seja ele justo ou não, simultâneo ou momentâneo, doloroso ou recompensador, não importa; eu quero mais uma dose de amor. Pode descer. Pode me inundar.Afinal, a noite está apenas começando; e a minha vida também. E eu vou encontrar o amor. Um dia, em algum lugar.
ESCRITO Á 5 ANOS
Eu sei que sim, que um dia ainda seremos muitos felizes.Um dia largo tudo o que tenho e vou ter contigo.Vou sentir o teu abraço e o aconchego que só tu me sabes dar. Vou correr para ti e chegar-me a ti, apertar-me contra ti e nunca mais te largar.Quero sentir a tua mão a afagar-me o cabelo, quero sentir os teus lábios nos meus e ouvir-te dizer que me queres para sempre e que jamais nos vamos separar.Sinto a tua falta todos os dias e todos os dias conto mais um e menos outro para estarmos juntos, para chegares ao pé de mim e dizeres que sou só teu e que nunca nos vamos largar.Sabes que gosto de ti, sabes? Sabes o que me custa esta distância, este frio entre nós? Horrores, custa-me horrores nunca saber onde estás e como estás. Custa-me não saber mais de ti, mais sobre ti, sobre os teus medos e inseguranças, para que eu possa acarinhar-te e proteger-te. Para que eu possa mimar-te e afagar-te o cabelo como tu gostas, enquanto ficas aninhada em mim.Um dia fujo daqui, apanho o comboio, o barco e o avião, helicóptero e nave espacial e vou ter contigo, vou ver esses olhos sinceros a olharem nos meus e a dizerem-me o que o coração não consegue expressar pela boca. Vou dar-te um beijo enorme e agarrar-te contra mim como se não houvesse amanhã e hoje fosse o nosso último dia.Mas bastou abrir a loja aí em anadia para que de novo voltasse acontecer o mesmo, apaixonei-me. Por ti.Bastou (re)ver esse olhar, para que tudo voltasse a fazer sentido.Foi no minuto em que me olhaste de novo nos olhos, que percebi que és a minha alma gémea.E ainda dizem “Não há almas gémeas.” Como eles estão enganados…E aquilo que senti quando me olhaste foi o quê? E aquilo que vi quando me olhaste nos olhos e me disseste com esse olhar que te faço falta, que sentes a minha ausência e detestas senti-la, foi o quê? E tudo aquilo que eu vivi contigo a meu lado? Os nossos amuos, as nossas desavenças, os nossos atritos? Foram o quê?Nada? Não significaram nada?Pois para mim significaram muito. Foram a cola que une o que sinto por ti. O que sempre senti desde o primeiro momento em que os teus lábios tocaram nos meus.Ali, a paixão surgiu vinda do nada. Ali, soube que eras a minha alma gémea e que, apesar de ter sido difícil e quase impossível, foi e é verdadeiro. O que sentíamos e sentimos é real.Mesmo com a distância, a chama não se apagou e bastou um segundo para me apaixonar por ti, de novo, again and again.Pronto, apaixonei-me. Por ti.
Lá chegará o dia em que seremos felizes, um com o outro, apenas nós.
LUTAR POR MIM
Não tenho medo de ser quem sou nem ser como sou. Não tenho vergonha dos meus sonhos, nem desisto deles mesmo que me digam que não sou capaz. Ao longo da tua vida muita gente vai tentar desmoralizar-me, dizer-me que não irei conseguir, que já é tarde ou que devo desistir. Muitas vão ser as pessoas que não vão acreditar em mim e que vão tentar fazer-me duvidar também das minhas capacidades. Se isso acontecer, independentemente da razão ou das razões, não vou desistir de acreditar, porque nada na vida é em vão, porque sou mais forte do que pensam, porque tudo acontece quando tem de acontecer, embora por vezes isso nos pareça uma eternidade. Tento sempre mais uma vez. Porque eu penso que mereço e porque os outros podem não acreditar, mas eu acredito. Insisto, confiar, e se caír, terei mais uma vez de aprender a levantar-me. Por vezes acontece sentir que estou perdido e que preciso de me (re)encontrar. Não estou realmente perdido porque a minha essência continua lá, mas há algo que não está bem. Pontas soltas, mal resolvidas, coisas que talvez pense ter esquecido mas que continuam presentes em mim. Coisas que quis arrumar sem antes as ter processado devidamente. Talvez seja agora que devo parar para pensar no que realmente me move, no sentido que quero dar à minha vida, na direção que gosto de seguir.Talvez seja o momento de me resolver comigo e com a vida, de ultrapassar (sem nunca ignorar) as minhas fraquezas, de juntar as pedras que se colocam no meu caminho como obstáculos e fazer com elas uma estrutura que me impulsione a subir mais alto.Talvez esteja na hora de redefinir o meu caminho, de me focar, de olhar em frente de cabeça erguida.Talvez seja agora o momento certo para por de parte as minhas inseguranças, para me abstraír daquilo que me faz mal e para gritar para dentro de mim e dizer ” tambem que mereces ser feliz e és capaz disso”.
POR NORMA
Por norma costumo dizer que não devemos desistir. Que devemos lutar sempre. Que não devemos deixar que o medo ou o facto de parecer impossível nos afaste dos nossos objetivos. Que quando se trata da nossa felicidade devemos esgotar todas as possibilidades primeiro. Sim, é verdade, de facto é isso que eu acho, mas, hoje falo-vos de desistir. Isto porque há alturas em que é preciso (saber) desistir. Eu aprendi isso e hoje percebo que é um sinal de maturidade saber quando não devemos insistir mais. Isto porque, por vezes, algo que era suposto trazer-nos felicidade acaba por nos trazer mais momentos infelizes do que o contrário. E porque acho que quando insistimos demasiado em algo e constantemente as coisas não correm como suposto, talvez isso queira dizer que não é o momento, ou que o nosso caminho realmente não passa por ali. E não é sinal nenhum de fraqueza desistir do que nos faz mal, do que perdeu o sentido, do que percebemos que não é o melhor para nós, mesmo que achássemos que sim. A vida também nos obriga a isso. E é (também) isso que nos ajuda a crescer, a fortalecer, a aprender, a tomar uma atitude e a arrumar as coisas dentro de nós. Ao longo do nosso percurso vamos cruzar-nos com muitas pessoas, umas ficam e uma parte dessas está lá para nós venha o que vier, independentemente dos erros, das escolhas mal feitas ou das atitudes menos felizes, elas estarão lá para nos apoiar, para nos ajudar a levantar, para que possamos aprender e partilhar com elas, outras vão (e, algumas dessas, ainda bem!), nem todas as pessoas vão gostar de nós, e vai acontecer também que algumas não gostem de nós da mesma forma como nós gostamos delas. Temos de aceitar. Se dói? Por vezes (maior parte das vezes) sim. Mas é mesmo assim, faz parte, e temos de nos habituar, porque na vida há coisas que nos vão custar a entender e outras que nunca entenderemos. Porque no final de tudo aprendemos sempre, quanto mais não seja, tornamo-nos mais fortes.
ARRISCAMOS A DIZER
Os caminhos que percorri, as lutas que travei, os sonhos que arrisquei concretizar, os momentos em que ousei sair da minha zona de conforto, nada é em vão. Mesmo que as coisas não tenham corrido como esperava, ou como gostava, mesmo que tudo me pareça apenas um erro ou uma tentativa falhada, a verdade é que na vida nem sempre triunfamos, mas que, mesmo quando tudo indica que perdemos, há sempre algo que ganhamos. Afinal de contas, no fim, apesar de todas as dúvidas, dos receios e das incertezas, das decisões difíceis e dos momentos menos felizes, eu aventurei-me. E sabes, sinto um grande orgulho em mim, porque não me limitei a sonhar, tentei , acreditei, segui em frente, e a isso chama-se viver. Não tenho medo simplesmente vivo. Todos nós temos momentos menos bons ou menos felizes, momentos de fraqueza, de dúvida, de insegurança, de "não sei se deva" ou de "será que faço bem?", momentos em que nada parece ter sentido e em que nos sentimos perdidos. Por vezes precisamos apenas de "10 segundos" para respirar fundo e voltar a caminhar em frente, mas, outras vezes precisamos mesmo de uma pausa, de descansar do mundo, de parar. E isso não é ser fraco nem tão pouco significa baixar os braços. Aliás, é muitas das vezes em momentos é assim que nos reencontramos, que nos damos aos outros e arriscamos dizer "preciso de ti", que sorrimos ao ser abraçados por quem nos quer bem independentemente de tudo, que falamos sem receio de ser julgados, que ganhamos coragem e recuperamos forças, que fazemos as pazes com a vida e até connosco. Que somos nós mesmos, sem rodeios. Que sentimos mais. E que recomeçamos. De coração cheio e alma firme.
A FORÇA DAS PALAVRAS
Já tinha este post nos rascunhos há uns tempos e hoje, após passar o dia a divagar por aí, parece-me boa ideia concluir.Há quem diga e julgue que os gestos falam mais alto do que as palavras. Como se alguma coisa pudesse significar mais do que palavras, do que uma palavra. Isso só é válido quando se banalizam as palavras, especialmente uma que, em tão poucas letras, pode significar tanto: amo-te. Por vezes somos obrigados agir de uma forma que não queremos, da mesma forma que dizemos coisas que não sentimos só para não mostrar á sociedade o que realmente se passa. Agir contra a nossa natureza custa imenso, mas curiosamente, proferir o que realmente pensamos e sentimos também e muito, sente-se uma pequena dorzinha bem cá no fundo da nossa alma.Dizer amo-te, saíndo bem lá do fundo, é cirúrgico. Para mim, é quase como se sentisse que o meu peito se rasga para sair de lá dentro algo muito intimo. É sincero. Por outro lado, quando me é dito continua a acontecer algo dentro de mim porque não é ouvido pela voz que o meu coração aprendeu a ouvir. Pareceu-me que, à minha volta, de tanto se ouvir e dizer palavras como esta, retira-se o som das mesmas e, por consequência, perdem o seu significado e efeito. Criar um dia que manipule a economia das palavras e dos gestos deixa-me a pensar. Uns dias temos motivos, outros simplesmente os estados de espírito surgem sem qualquer razão aparente. A carapuça assenta tanto aos bons como aos maus. Com os bons é mais fácil, só temos de vivê-los, saborear sem a consciência de que aqueles momentos nem sempre perduram. Com os maus há uma vontade enorme de exorcizar as emoções e de sufocar os pensamentos. Lá parece que conseguimos, temporariamente, depois o pensamento volta a entrar na nossa cabeça e adquire contornos mais fortes, de quase loucura. Aí está o diabo. Há vários anos aprendi que não os podemos deixar na cabeça. Verbalizar e deixar no ar também não serve. Temos de os colocar numa folha, física ou digital. Depois perdem a força, podem ser questionados e novas sensações surgem. Hoje ao tentar fazer pensamento-pergunta-resposta só me deparei com não sei, não sei e não sei. Hoje, que tudo parece ter de ser questionado, eu não sei. Escrevo na esperança de saber.
ESTAR SOLTEIRO
“E a namorada?” Alguém me vai perguntando. Aí eu sorriu e respondo: “Estou solteiro!”. E logo depois vem aquele desabafo de: “nossa, coitadinho”, quando a meu ver era a hora certa da pessoa me abraçar e pularmos gritando: “Parabéns Campeão!” Sabem, realmente não entendo estas pessoas que colocam o fato de encontrar uma pessoa como sendo um dos objetivos primordiais da vida. Como se a ordem natural fosse: nascer, crescer, conhecer alguém e morrer. A meu ver, não é assim. As pessoas que se dizem solteiras não é como quem diz que está com uma doença grave, alguém que precise de ajuda. Não é nada disso. Existe sim vida a “solteirão”! E das boas. E isto não quer dizer farra, putaria, poligamia ou promiscuidade. Aliás, quer dizer sim, mas só se eu estiver afim. No mais quer dizer liberdade, paz de espírito, intensidade. E olha que escrevo isso com algum conhecimento de causa, já que tenho vários anos de namoro no currículo. De verdade, do fundo do coração, eu estou muito bem solteiro. Acho até que melhor que antes. Gosto de acordar pela manhã sem saber como vai terminar meu dia. Gosto da sensação do inesperado, da falta de rotina e de não ter que dar satisfação. Gosto de poder dizer sim quando alguma amiga me liga na sexta-feira perguntando se quero viajar com ela na manhã seguinte. De chegar em casa com o Sol nascendo. De não chegar em casa as vezes. De conhecer gente nova todos os dias. De não ter que fazer nada por obrigação. De viver sem angústia, sem ciúme, sem desconfiança. De viver. Acredito que todo mundo precisa passar por essa fase na vida. Intensamente inclusive. Sabem, entendo que talvez essa não seja a vossa praia. Ou talvez vocês nunca vão saber se é. O que percebo é de pessoas abraçando seus relacionamentos como quem segura uma bóia em um naufrágio. Como se aquela fosse sua última chance de sobrevivência. Eu não quero uma vida assim. Nesta hora talvez alguém de vocês gostaria de me perguntar: “Mas e aí? Vais ficar solteirão para sempre? Vais ser assim até quando?” E eu vou te responder com a maior naturalidade do mundo: “Vai ser assim até quando eu quiser”. Quando encontrar alguém que seja maior que tudo isso, ou talvez alguém que consiga me acompanhar(alguém que eu pensei k já tinha arranjado) , e tambem como aquele ex novo relacionamento (e ainda bem que é EX) que nem sequer chegou a começar por razão de alguém ter falado certas coisas de mim e aí a confiança nem sequer começou a nascer pois morreu logo á nascença . O que eu espero é bem diferente. Então para mim só faz sentido estar com alguém que me faça ainda mais feliz do que já sou, e como sei que isso é bem difícil, tenho certeza que o que chegar será bem especial. E se não vier também está tudo bem . Eu realmente não acho que isso seja um objetivo de vida. Não farei como muitos que se deixam levar pela pressão dessa sociedade. Tanta gente namorando pra dizer que namora, casando pra não se sentir encalhado, abdicando da felicidade por um status social. Aí depois vem a traição, vem o divórcio, a frustração e todo o resto tão comum por aí. Não, não, deixem-me aqui quietinho com a minha vida . Conheço casais extremamente felizes e outros que estão há anos fingindo que dão certo. Conheço gente solteira que tem a vida que eu tenho (amigos e amigas). Conheco sim vários casais incríveis, assim como tantos outros que não enxergam que estão se matando pouco aos poucos. Só peço que não deixem que o medo da solidão faça com que a tristeza pareça algo suportável. Viver sozinho no início pode parecer desesperador, mas de tanto nadar contra a maré, um dia vocês aprenderão a nadar. E vos digo que quando esse dia chegar aí sim vão querer trocar de vida e fazer uma verdadeira vida a dois ....
ISSO PARA MIM BASTA
O amor, ao contrário do nos é imposto, do que aprendemos nas regras e culpas, atos e omissões, não tem forma e formato. O amor é antes uma forma de ser e sentir, e pode estar presente em qualquer momento da nossa vida, na amizade, na tristeza, na fé, na euforia. Na carne também, ainda que não seja esta a regra única e última de concretizar a urgência no amor. Não sendo eu sábio, creio que posso afirmar agora, no fim da linha daquela que foi a minha vida. A única regra que avalia este que é o sentimento que nos inspira e aspira é a entrega. Sem entrega, minha querida, não há nada, na verdade, mas muito menos há amor e por isso eu sonho .Nos meus sonhos és feliz. Enquanto caminhamos de mãos dadas pela areia da praia que em tempos recolheu mais lágrimas minhas do que devia, somos felizes… Nos meus sonhos olho para ti e revejo em câmara lenta, outra e outra vez, os segundos preciosos que partilhamos, sentindo na forma como o sol brilha no teu longo cabelo e que és feliz. Nos meus sonhos oiço os sons perfeitos que emolduram o teu riso dobrado, radiante, e sinto que o meu olhar te conquistou novamente e que os teus lábios resplandecem perto dos meus…Nos meus sonhos sou eu quem alivia a dor que insistes em suportar sozinha no penoso arrastar dos dias frios... Nos meus sonhos, nunca ninguém ganhou o que quer que fosse fugindo: nem paz, nem a si próprio. Nos meus sonhos encontras em mim a tranquilidade que te abraça e que sublinha o teu sorriso... Nos meus sonhos compreendo as razões do teu coração, compreendo as palavras e textos e lágrimas e abraços e amor que fazem de nós mais do que apenas duas pessoas que se amam…Nos meus sonhos vejo-me a segurar a tua mão pequena e macia dentro da minha, enquanto, juntos olhamos para o infinito mar alto e tentando prever o nosso futuro. Nos meus sonhos beijamo-nos rendidos à inevitabilidade do universo, como nos romances de amor. Nos meus sonhos, as lágrimas que caem dos teus olhos são lágrimas de céu, lágrimas de azul, lágrimas de sol e felicidade.Nos meus sonhos, encontramos nos olhos um do outro a razão para nos atrevermos a amar novamente... Nos meus sonhos eu consigo preencher o teu sonho… Nos meus sonhos és feliz… e isso para mim basta para me fazer feliz….
COMO SERÁ ESCREVER
Como será escrever de um assunto banal! Escrever sobre algo que não tem sentimento algum, escrever sobre algo que é simplesmente... comum! Nós que um dia amámos de verdade, procuramos a escrita para exprimir sentimentos que estão acorrentados ao nosso interior, e que desta forma saem como um desabafo... mas escrever algo banal desprovido de qualquer sentimento o que será? Uma descrição, um protocolo experimental? Será assim difícil... ou nós somos os que falam de coisas banais de uma forma única! Questões? Dúvidas? Banal... Por exemplo: A Ciência e o Amor... Será possível? Á luz da ciência meus amigos... o amor não existe... e à luz do amor... existirá ciência? Pois é... serão compatíveis? Quem se quer entregar de corpo e alma a ciência terá de deixar de amar.. e ser apenas frio calculista e estudioso... aquele que quer amar.. não tem verdades universais... todos os dias ama... apenas sabe que ama.. quando se trata de responder a questões técnicas... ele simplesmente ama.. Mas afinal...de que falo eu... Amor? Ciência? Os dois ou de nenhum? Dou por mim a pensar mas que escrita mais doida eu tenho praqui ... Trata-se simplesmente de uma pessoa com várias ideias... assim... é algo um pouco complicado de perceber a quem está de fora eu sei... estou a pensar.. queria só mesmo era escrever... mas não queria falar de amor, nem de sonhos, nem de dor, nem de nada... mas não consigo...ESCREVO PARA TI...Para que juntos possamos rir das minhas loucuras, sorrir dos meus devaneios, chorar das minhas tristezas e deixar cair as lágrimas que queimam o sorriso nos momentos de alegria intensa...Quero escrever para ti! Há momentos em que me questiono se estarei no caminho certo: Quantos momentos e quantos caminhos? Para uns vale a viagem, para outros a meta...Importa-me saber que chegarei a um porto seguro, mas o caminho deve ser tido em conta. Mais importante é chegar ao lugar certo através do caminho errado? Não chegar a lugar nenhum mesmo estando no caminho certo? Não que a normalidade me irrite: intriga-me! Continuo a questionar-me sobre todos os pseudo normais que fingem ter uma vida normal, rir do banal e chorar da dor quando, na realidade (e na escuridão) são movidos pela loucura! Fingir é o que me intriga, porque a loucura pode ser tão saudável se esquecermos que temos de ser normais!Porque hoje é um bom dia para começar a ser louco...Um dia, como todos os outros, mas que eu resolvi seria diferente! Assim sendo, hoje é o meu dia: um novo começo, uma nova luz, um novo olhar...Basta acreditar! E eu, eu acredito, cada vez mais, que “a beleza do Mundo está nos olhos de quem a vê!” A vida pode ser maravilhosa, ou não?Ouço a multidão em silêncio, Vejo um reflexo que me mente,Sinto os indeléveis sorrisos na boca de quem não sente.Tu sabes bem, que eu já to disse, que a minha vontade era nunca dormir não queria perder um minuto que fosse com os olhos fechados só para olhar para ti , por tudo isto deixem-me continuar a ser louco e a sonhar com aquilo que eu mais gosto.......
SOMOS A SOMA DE
Nós somos a soma de todas aquelas por quem um dia nos apaixonámos e com quem nos relacionámos. Eu sei, não é nada simpático pensar assim. Não é nada simpático pensar que mantemos algo de alguém que queremos largar, de alguém que queremos evitar, de alguém que queremos esquecer, de alguém que magoámos ou mesmo de alguém que nos magoou. Mas a verdade é essa quem passa pela nossa vida deixa marca.Somos a soma das empolgações, dos toques, das vontades, das palavras que dissemos, dos planos que fizemos, dos toques que nos permitimos dar e sentir, dos momentos vividos, dos sorrisos, dos amo-te e dos quero-te. Mas somos também soma do que ficou por dizer, das mágoas, das dores, da saudade do que nunca foi, do que gostaríamos que fosse, das lágrimas e também das raivas.Sempre que uma relação termina mudamos. Mudamos de forma ténue ou de forma vincada. Aprendemos e avançamos ou remoemos e ficamos ainda mais presos ao que é importante libertar. Mas mudamos. Mudamos no acreditar, na esperança, nos sonhos, na capacidade de entrega, na visão de um mundo que aos poucos vai deixando de ser cor-de-rosa. O perigo é que a aprendizagem se transforme em desilusão, em desânimo, em desacreditar e que um dia a visão seja negra. Recusa-te. Recusa-te a que isso te aconteça.Perceber que somos a soma de todas aquelas que passaram pela nossa vida leva-nos à questão da gratidão. É importante estarmos gratos por todas as que fizeram parte da nossa vida, pelos momentos vividos mas sobretudo pelo que prendemos com a relação. É importante aceitar, perdoar e acreditar. Somos a soma de todos os nossos sonhos porque se o sonho não existir , a vida não faz sentiido .....