Entrei numa fase da minha vida em que quero serenidade, se não contribuem para a mesma, se apenas me picam a paciência até ela arrebentar, só me resta apontar num rumo diferente e segui-lo. Sempre que afasto alguém da minha vida, seja porque me magoaram, foram incorrectos, pressionaram-me ao ponto de me sufocar e tirar o espaço que necessito para respirar livremente ou porque, pura e simplesmente,o sentimento não resulta pois não existe qualquer compatibilidade de feitios, de formas de pensar, estar e viver, opto por fazer uma chamada ou uma mensagem expondo o meu ponto de vista, o porquê da minha decisão. Necessito de o fazer para seguir livremente sem amarras, sem pensamentos extra ou qualquer remorso por não entenderem a minha atitude.Se o poderia fazer olhos nos olhos? Sim e se calhar (certamente) até seria o mais correcto! Contudo sabendo muito bem que as pessoas não vão tentar compreender o meu lado de ver a situação e vão sempre querer arranjar culpados ou seja eu (mesmo que eu no inicio diga a viva voz que nada mais haverá para além da simples atracção momentanea )e , conhecendo-me bem e sabendo que explodo facilmente e fervo em pouca água ao ponto de chegar a estar frente a frente com a pessoa e dizer tudo menos aquilo que tinha planeado com a cabeça fria, com calma e de forma sensata. Sei que quando estou perante a pessoa e me picam ou provocam, sai tudo aquilo que penso e não penso, ataco da mesma forma e sem dó nem piedade. Por esta razão e enquanto não conseguir controlar a "raiva" momentânea que não me deixa ficar calado quando me atacam, irei optar por escrever aquilo que penso, com palavras medidas, sem ofensa e da forma que sei. É isto que faço quando necessito de quebrar um ciclo e mudar de rumo. Comigo resulta imenso, até porque, tenho muito mais facilidade em me exprimir através da escrita do que oralmente. Será defeito? Se é, será apenas um entre muitos que eu aprendi a aceitar e a viver com eles.Sei que não é muito bonito de se ler "retirar pessoas da nossa vida". Pode soar algo duro e insensível, mas na realidade, todos conhecemos pessoas com as quais não nos damos bem, parece que estamos em frequências opostas, não há qualquer química ou empatia, que não nos fazem qualquer bem, que muitas das vezes, até fazem vir ao de cima o nosso lado negro, ninguém é perfeito e todos cometemos erros. Há mesmo relacionamentos toxicos que de bom nada trazem até nós muito embora nós só conseguimos reparar nisso depois de passar por eles! Quem nunca se deparou com os mesmos? Não podemos agradar a todos, tal como muitos também não nos agradam. É natural que assim seja e apenas temos de aceitar e seguir em frente. Não há compatibilidade, paciência! Cada um segue a sua vida em paz, sem cobranças, sem críticas.Os defeitos não estão apenas do outro lado, também fazem parte de nós e há que aceitar a realidade tal como ela é. Não resultou? A meu ver, resultou da forma que tinha de acontecer, aprendemos sempre na interacção com o outro e, na maioria das vezes, as maiores aprendizagens advêm destas situações. Com esta situação, aprendem da melhor forma que não podem querer que gostem delas da mesma forma que elas gostam, não podem obrigar o outro a seguir o rumo que desejam quando não está para aí virado ou até mesmo não o quer nesse momento. Só aprendemos quando nos colocamos no lugar do outro, ou então, quando as circunstâncias nos fazem viver essa situação sob o ponto de vista do outro. O que muito provavelmente irá acontecer a essas mesmas pessoas é passarem numa próxima oportunidade pela experiência contrária e aí aprenderem que no coração não se manda. Por mais que saibamos que aquela pessoa até poderia ser a ideal para nós, não podemos exigir que o coração o sinta da mesma forma. O coração é assim mesmo, emotivo e nada racional! E quanto a vocês? Como resolvem este tipo de contratempos? Cortam de vez com o relacionamento (como acontece no mundo virtual: eliminar e bloquear) ou primeiramente apresentam o vosso ponto de vista e a razão pela qual não querem mais continuar naquela situação? Neste momento sinto-me aliviado. Essa sim, é a palavra certa! deveria ter tomado sempre esta atitude há mais tempo, mas apenas o fiz quando me senti preparado para tal, com vontade própria de o fazer. Outras decisões mais recentes acabei por as tomar demasiado tarde. Por não querer magoar, fui deixando o tempo passar, em vez de ter sido logo directo como me aconselharam e terminar de uma vez por todas com o que me importunava. Acabei por deixar passar mais tempo do que o devido, o que ainda dificultou mais a situação, terminando da pior forma e que não era de todo a desejada. Mas nem tudo nesta vida termina bem ou tal como desejávamos que terminasse ........